IPHONE 6 NA VENEZUELA CUSTA R$ 147 MIL.

IPHONE 6 NA VENEZUELA CUSTA R$ 147 MIL.


Todos nós sabemos como é ter que desembolsar uma grande quantia em reais para comprar um iPhone, em nosso país. Aliás, o nosso iPhone 6 já foi eleito pelo jornal econômico Financial Times como o mais caro do mundo ― ou melhor: o mais caro que é vendido oficialmente.
Entretanto, os venezuelanos, que atualmente vivem uma inflação de 68,5%, além de escassez de itens como papel higiênico, óleo e farinha, sem contar com a criminalidade descontrolada no país, não têm condições para trocar de celular. A última versão do smartphone da Apple não sai por menos de 300 mil bolívares, o que dá US$ 47.678 ou R$ 147 mil.
Esses problemas decorrem da queda no preço do petróleo, que responde por 95% das exportações do país, o que reduziu a oferta de dólares na Venezuela. As lojas e operadoras venezuelanas não podem comprar smartphones diretamente das fabricantes; elas têm de recorrer à Telecom Venezuela, empresa estatal, para intermediar a importação, mas a falta de dinheiro tem impedido que o governo conseguisse suprir a demanda.
Por isso, a compra de smartphones deve ser feita pelo Mercado Livre venezuelano, uma vez que as taxas de câmbio oficiais, que são de 6,3 e 12 bolívares por dólar, são usadas apenas para produtos prioritários autorizados pelo governo, como comida e medicamentos. Não dá para pedir esse auxílio anual para comprar celulares na Amazon, por exemplo.
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Com todos esses problemas, a Venezuela não acompanha o crescimento de 4,2% na venda de telefones na América Latina. Uma previsão da Pyramid Research estima que apenas 4,9 milhões de dispositivos serão vendidos em 2015, uma queda de 46% em relação aos 9 milhões vendidos em 2012. Maria Veronica Fernandez conta à agência de notícias Bloomberg News que comprou um Galaxy Fame por US$ 2,7 mil (R$ 8,3 mil). No Brasil, ele é vendido por cerca de R$ 400.
A dificuldade de conseguir smartphones faz com que o roubo de celulares cresça desenfreadamente. A própria Fernandez teve seu Galaxy S4 roubado à mão armada antes de comprar o Galaxy Fame. “Se você tem um telefone legal, em algum momento você vai ser roubado se sacá-lo na rua”, avalia Tina Lu, consultora sênior da Counterpoint em Buenos Aires.
Lojas de celulares também são afetadas pela escassez. Eduardo Eckholt, dono de uma loja em Caracas, passou a focar em reparos e venda de componentes. “Estou no ramo há 18 anos e vejo que as pessoas preferem consertar seu telefone antigo a comprar um novo”, comenta.
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